Episode Transcript
Queridos filhos, queridas filhas, que bom estar com vocês.
É com alegria que participamos desse diálogo, desta conversa, porque assim podemos, já conhecendo um tanto as vossas dúvidas, as vossas angústias, endereçar algumas reflexões valiosas.
Não podemos saber tudo a respeito de Deus. Não devemos pensar que já entendemos todas as leis divinas. Mas temos o dever de buscar entender o máximo que está ao nosso alcance e, acima de tudo, viver o que está ao nosso alcance. Não porque “ah, o fulano disse isso e isso é o certo e eu vou fazer”...não é assim, filhos, isto é errado. Porque vocês têm que, como vocês dizem, pensar com a própria cabeça, têm que sentir com o próprio coração, têm que andar com as próprias pernas. Não adianta ficar nessa postura muito cômoda mas muito desastrosa: “vou comparar aqui a opinião desse fulano com aquele beltrano” e pronto, como se fosse “ah, vou ver em quem eu voto e meu voto é decisivo”. Isso é estúpido. Você tem que trazer para você a pergunta: “como eu entendo o que Kardec escreveu? Como eu sinto que devo agir”. E em relacionando-se com Deus e com os bons espíritos buscando inspiração.
Claro que pode ouvir “A” e “B”, não tem problema, mas a sua decisão não é um voto. A sua decisão é uma postura íntima profunda até porque se não for assim não vai valer nada, porque no plano das leis morais o que importa é o que está dentro. Não é quem você disse que é o melhor porque você pode até mudar de opinião, mas no plano moral o que importa é o que de fato você entende, o que de fato você sente e o que de fato você se esforçou para ser um bom discípulo do Cristo.
Observem que os discípulos do Cristo não agiram assim: “ah, vou concordar com o Cristo, e pronto”. Não! Eles buscaram viver, eles tiveram dificuldade de entender e ao longo da vida foram entendendo um pouquinho mais cada vez.
Quem está fazendo isso? Aqueles que serão salvos. Porque somente esses que têm essa busca sincera, de dedicar tempo, de angustiar-se, de se perguntar, de ler, de reler, de orar, de pedir ajuda ao anjo da guarda é que estarão em sintonia superior. Os outros serão uns bobos! “Ah, eu concordo com o partido A, eu concordo com o partido B”, “ah, eu sou de tal grupo espírita”, “eu sou daquele não sei quê”...isso não vale nada, isso é estupidez!
Qual é sua relação profunda com as leis morais? Como você as entende? Como você tem pensado nos últimos anos sobre elas? Como você sente se o sentimento está em que nível de alinhamento, em que nível de desalinhamento em relação às leis morais? A cada uma!
Como está o teu ser em relação à lei de adoração; como está o teu ser em relação à lei de conservação. Isto é o que importa, filhos. Não é espiritismo de fachada, não é conversinha de gabinete. Isso é o que importa: “onde está o teu coração em relação a cada lei moral”. Não é apenas o que tu fazes, é o que há no teu coração! Porque é como ensina o Cristo: “o que se expressa de ti é o resultado do que está em teu coração”.
Se teu coração está batalhando para estar em sintonia verdadeira com as leis morais, naturalmente sairão coisas belas do teu ser: tuas palavras, teus atos, teu olhar, teu sorriso, tua voz. Mas se teu coração está abandonado, por isso está apodrecendo, o que adianta a tua postura de anjo, de santo, de ser importante, de guia iluminado, isso é estupidez total. Do que adianta? Serve para que?
Então trabalhemos em nós! Leis morais é uma proposta de trabalho em si! Para que, cultivando o teu coração, o bem floresça e você ajude ao Cristo a iluminar o mundo.
Que vocês fiquem em paz, do amigo espiritual de sempre.