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Livro dos Espíritos
Segunda Parte
Capítulo IX Intervenção dos Espíritos no Mundo Corporal
Item 6. Anjos guardiães. Espíritos protetores, familiares ou simpáticos
495. Algumas vezes, o espírito protetor abandona o seu protegido, quando este é rebelde aos seus conselhos?
“Ele se afasta, quando vê que seus conselhos são inúteis e que a vontade de submeter-se à influência dos espíritos inferiores é mais forte; mas, não o abandona completamente e sempre se faz ouvir; é, então, o homem quem tapa os ouvidos. Ele retorna, desde que seja chamado.”
“Há uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos pelo seu encanto e pela sua doçura: a dos anjos guardiães. Não será uma ideia muito consoladora pensar em ter, sempre, junto de vós, seres que vos são superiores, que estão sempre, prontos a vos aconselhar, vos sustentar, vos ajudar a subir a montanha áspera do bem; que são amigos mais confiáveis e devotados do que as mais íntimas ligações que se façam, nesta Terra? Estes seres aí estão por ordem de Deus; foi Ele quem os colocou perto de vós; eles aí estão por amor a Ele; e cumprem, junto de vós, uma bela, porém, penosa missão. Sim, onde quer que estejais, ele estará convosco: os cárceres, os hospitais, os lugares de devassidão, a solidão, nada vos separa desse amigo que não podeis ver, mas de quem vossa alma sente os mais suaves impulsos e ouve os sábios conselhos.”
“Se conhecêsseis melhor essa verdade! Quantas vezes ela vos ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes vos salvaria dos maus espíritos! Mas, com frequência, este anjo do bem terá que dizer-vos abertamente: ‘Não te recomendei isto? E não o fizeste; não te mostrei o abismo? E nele te precipitaste; não te fiz ouvir, na tua consciência, a voz da verdade e não seguiste os conselhos da mentira?’ Ah! Interrogai vossos anjos guardiães; estabelecei entre eles e vós essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes ocultar nada, pois eles têm o olhar de Deus e não podeis enganá-los. Pensai no futuro; procurai progredir nesta vida; vossas provas serão mais curtas, vossas existências mais felizes. Va- mos! Homens, coragem! De uma vez por todas, lançai para longe de vós preconceitos e segundas intenções; entrai no novo caminho que se abre diante de vós. Caminhai!Caminhai! Tendes guias, segui-os: Não percais de vista o objetivo, pois esse objetivo é o próprio Deus.”
“Aos que pensarem ser impossível que espíritos verdadeira- mente elevados se consagrem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos vossas almas, mesmo estando a vários milhões de léguas de vós: para nós, o Espaço nada é intervenção dos espíritos no mundo corporal e, mesmo vivendo num outro mundo, nossos espíritos conservam sua ligação com o vosso. Gozamos de qualidades que não podeis compreender, mas ficai certos de que Deus não nos impôs uma tarefa acima de nossas forças e não vos deixou sozinhos na Terra, sem- amigos e amparo. Cada anjo guardião tem seu protegido, pelo qual vela, como um pai vela por seu filho; fica feliz, quando o vê no bom caminho; sofre, quando seus conselhos são menosprezados.”
“Não temais fatigar-nos com vossas perguntas; ao contrário, entrai sempre em relação conosco: sereis mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada homem com seu espírito familiar que fazem de todos os homens médiuns, médiuns ignorados, hoje, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão, como um oceano sem-limites, para repudiar a incredulidade e a ignorância. Homens instruídos, instruí; homens de talento, educai vossos irmãos. Não sabeis que obra fazeis desse modo: é a do Cristo, a que Deus vos impõe. Por que Deus vos teria dado a inteligência e o saber, se não fosse para compartilhardes com vossos irmãos, para fazê-los avançar no caminho da ventura e da felicidade eterna?”
São Luís, Santo Agostinho.
A doutrina dos anjos guardiães, velando pelos seus protegidos, apesar da distância que separa os mundos, nada tem de surpreendente; é, ao contrário, grande e sublime. Não vemos, na Terra, um pai velar pelo seu filho, embora dele esteja afastado, ajudá-lo com seus conselhos, através da correspondência? Portanto, o que haveria de espantoso em que os espíritos pudessem guiar aqueles que eles tomam sob sua proteção, de um mundo a outro, visto que, para eles, a distância que separa os mundos é menor do que a que, na Terra, separa os continentes? Não dispõem, além disso, do fluido universal, que religa todos os mundos e os torna solidários, veículo imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é, para nós, o veículo da transmissão do som?
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