Show Notes
Livro dos Espíritos
432. Como explicar a visão a distância, em certos sonâmbulos?
“A alma não se transporta, durante o sono? É a mesma coisa, no sonambulismo.”
433. O desenvolvimento maior ou menor da clarividência sonambúlica se deve à organização física ou à natureza do espírito encarnado?
“A uma e outra; há disposições físicas que permitem ao espírito desligar-se, mais ou menos facilmente, da matéria.”
434. As faculdades de que o sonâmbulo goza são as mesmas que tem o espírito, após a morte?
“Até um certo ponto, pois é preciso levar em conta a influência da matéria, a que ainda está ligado.”
435. O sonâmbulo pode ver os outros espíritos?
“A maioria os vê muito bem; isto depende do grau e da natureza de sua lucidez; porém, algumas vezes, eles não se dão conta disto, a princípio, e os tomam por seres corpóreos; isto acontece, principalmente, àqueles que nenhum conhecimento têm do Espiritismo; não compreendem, ainda, a essência dos espíritos, o que os espanta. É por isso que acreditam ver seres que estão vivos.”
O mesmo efeito se produz, no momento da morte, naqueles que se acreditam ainda vivos. Nenhuma mudança percebendo à sua volta, os espíritos lhes parecem ter corpos semelhantes aos nossos; assim tomam a aparência do corpo deles por um corpo real.
Recordações da mediunidade
Autobiografia de Yvonne do Amaral Pereira
Por nossa vez, conhecemos pessoalmente, faz alguns anos, na cidade fluminense de Barra Mansa, ao tempo em que ali exercia as funções espiritistas o eminente médium e expositor evangélico Manoel Ferreira Horta, amplamente conhecido pela alcunha de «Zico Horta», a médium cataléptica «Chiquinha».
Tratava-se de uma jovem de 19 anos de idade, filha de respeitável família e finamente educada. Sua faculdade apresentou-se, inicialmente, em feição de enfermidade, com longos ataques que desafiaram o tratamento médico para a cura. Observada, porém, a pedido da família, e habilmente dirigida por aquele lúcido espírita, a jovem tornou-se ‘médium de admiráveis possibilidades, com a insólita faculdade cataléptica, que lhe permitia até mesmo o fenômeno da incorporação de entidades sofredoras e ignorantes, a fim de serem esclarecidas. Em vinte minutos a médium apresentava os variados graus da catalepsia, inclusive o estado cadavérico após as vinte e quatro horas depois da morte, e os sintomas do início da decomposição, com as placas esverdeadas pelo corpo e o desagradável almíscar comum aos cadáveres que entram em decomposição.
De outras vezes, no primeiro ou no segundo grau do transe, transmitia verbalmente o receituário que ouvia das entidades médicas desencarnadas que a assistiam, obtendo, assim, excelentes curas nos numerosos doentes que procuravam a antiga «Assistência Espírita Bittencourt Sampaio», dirigida por Zico Horta.
Narrava fatos que via no Espaço, transmitia instruções de individualidades espirituais sobre diversos assuntos, penetrava o corpo humano com a visão espiritual, e seus diagnósticos eram seguros, visto que os reproduzia verbalmente, ouvindo-os, em espírito, dos médicos espirituais. O tom da voz com que se exprimia era pausado e grave, e sua aparência física reproduzia o estado cadavérico: rigidez impressionante, algidez, arroxeamento dos tecidos carnais, inclusive as unhas, fisionomia abatida e triste, própria do cadáver, olheiras profundas.
O mesmo sucedia, como é sabido, ao médium Carlos Mirabelli, que, em poucos minutos, atingia o grau de decomposição, a ponto de as pessoas presentes às sessões, em que ele trabalhasse, só muito penosamente suportarem o fétido que dele se exalava, até que o transe variasse de grau, em escala descendente, fazendo-o despertar. Ao que parece, a catalepsia ai era completa. Ambos de nada recordavam ao despertar.
Para conhecer mais conteúdos – livros, cursos, outros podcasts – visite nossos links abaixo:
Grupo Marcos Site:
Comunidade WhatsApp:
https://chat.whatsapp.com/DrsLMXtsvlo...
Instagram:
https://www.instagram.com/grupomarcos...
X:
https://x.com/OGrupoMarcos?t=qxRch5__04nj6aUA48_IPA&s=09