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Livro dos Espíritos
Parte II – Vida Espírita
Capítulo 6
Item – Percepções, sensações e sofrimentos dos espíritos
245. A visão, nos espíritos, é circunscrita, como nos seres corporais?
“Não, ela reside neles.”
246. Os espíritos têm necessidade da luz para ver?
“Eles veem por si mesmos e não têm necessidade da luz exterior; para eles não há trevas, com exceção daquelas em que podem achar-se por expiação.”
247. Os espíritos necessitam transportar-se para ver em dois pontos diferentes? Podem, por exemplo, ver, simultaneamente, nos dois hemisférios do globo?
“Como o espírito se transporta com a rapidez do pensamento, pode-se dizer que vê, ao mesmo tempo, em toda a parte; seu pensamento pode irradiar e se dirigir, ao mesmo tempo, para vários pontos diferentes; esta faculdade, porém, depende de sua pureza: quanto menos depurado, tanto mais limitada é sua visão; apenas os espíritos superiores podem abarcar um conjunto.”
A faculdade de ver, nos espíritos, é uma propriedade inerente à sua natureza e que reside em todo o seu ser, como a luz reside em todas as partes de um corpo luminoso; é uma espécie de lucidez universal que se estende a tudo, abarca, de uma só vez, o Espaço, os tempos e as coisas e para a qual não há trevas, nem obstáculos materiais. Compreende-se que deva ser assim; no homem, a visão opera-se pelo funcionamento de um órgão impressionado pela luz; sem-luz, ele está na obscuridade. No espírito, sendo a faculdade de ver um atributo dele próprio, abstração feita de qualquer agente exterior, a visão é independente da luz.” (Ver Ubiquidade, questão 92.)
248. O espírito vê as coisas tão distintamente quanto nós?
“Mais distintamente, pois sua visão penetra onde não podeis penetrar; nada a obscurece.”
249. O espírito percebe os sons?
“Sim; percebe até sons que vossos sentidos obtusos não podem perceber.”
a) A faculdade de ouvir está em todo o seu ser, como a de ver?
“Todas as percepções são atributos do espírito e fazem parte de seu ser; quando está revestido de um corpo material, elas só lhe chegam através do canal dos órgãos; porém, no estado de liberdade, elas não estão mais localizadas.”
250. Sendo as percepções atributos do próprio espírito, é-lhe possível subtrair-se a elas?
“O espírito apenas vê e ouve o que quer. Diz-se isto, de maneira geral e, sobretudo, com relação aos espíritos elevados, pois os que são imperfeitos, estes, ouvem e veem, frequentemente, contra a sua vontade, o que pode ser útil para seu melhoramento.”
251. Os espíritos são sensíveis à música?
“Queres falar da música terrena? O que é ela comparada à música celeste? A essa harmonia da qual nada na Terra pode dar-vos uma ideia? Uma está para a outra, assim como o canto do selvagem, para uma suave melodia. Todavia, espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir vossa música, porque ainda não lhe é dado compreender uma outra mais sublime. A música possui encantos infinitos para os espíritos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas; refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e mais suave.”
252. Os espíritos são sensíveis às belezas da Natureza?
“As belezas naturais dos mundos são tão diferentes, que estamos longe de conhecê-las. Sim, são-lhes sensíveis, conforme sua aptidão para apreciá-las e compreendê-las; para os espíritos elevados, há belezas de conjunto, diante das quais se apagam, por assim dizer, as belezas de detalhe.”
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