Show Notes
Incognoscível
Para o Infinito, Deus não representa
A personalidade humanizada,
Pelos seres terrenos inventada,
Cheia, às vezes, de cólera violenta.
Deus não castiga o ser e nem o isenta
Da dor, que traz a alma lacerada
Nos pelourinhos negros de uma estrada
De provação, de angústia e de tormenta.
Tudo fala de Deus nesse desterro
Da Terra, orbe da lágrima e do erro,
Que entre anseios e angústias conheci!
Mas, quanto o vão mortal inda se engana,
Que em sua triste condição humana
Fez a essência de Deus igual a si!
- Antero de Quental
Nascido na ilha de São Miguel, nos Açores, em 1842, e desencarnado por suicdio, em 1891. É vulto eminente e destacado nas letras portuguesas, caracterizando-se pelo seu espírito filosófico.
Extraído do Livro Parnaso de Além Túmulo, psicografia Francisco C. Xavier, Editora Feb.
Livro dos Espíritos
Segunda Parte
Capítulo VI
Item 5. Escolha das provas
259. Se o espírito escolhe o gênero de prova a que deve se submeter, daí se segue que todas as tribulações que experimentamos na vida foram previstas e escolhidas por nós?
“Todas, não é bem a palavra, pois não quer dizer que escolhestes e previstes tudo o que vos acontece no mundo, até as mínimas coisas; escolhestes o gênero de prova, os detalhes são consequência da posição e, frequentemente, de vossas próprias ações. Se o espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, sabia a que arrastamentos se expunha, mas, não, cada um dos atos que viria a praticar; esses atos são o efeito de sua vontade, ou de seu livre-arbítrio. O espírito sabe que escolhendo tal caminho, terá tal gênero de luta a suportar; sabe, portanto, a natureza das vicissitudes que encontrará, mas não sabe se ocorrerá este ou aquele acontecimento. As particularidades se originam das circunstâncias e da força das coisas. Apenas os grandes acontecimentos, os que influem no destino, estão previstos. Se tomas um caminho cheio de sulcos, sabes que terás que tomar grandes precauções, porque tens probabilidade de cair, mas não sabes em que lugar cairás e pode acontecer que não caias, se fores bastante prudente. Se, ao passares por uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, como vulgarmente se diz.”
260. Como o espírito pode querer nascer entre gente de má vida?
“É preciso que ele seja enviado a um meio em que possa experimentar a prova que pediu. Pois bem! É preciso, portanto, que haja analogia; para lutar contra o instinto do roubo, é necessário que ele se ache entre gente dessa espécie.”
a) Se não houvesse, na Terra, gente de má vida, o espírito não poderia, então, nela encontrar o meio necessário a certas provas?
“E isto seria de se lastimar? É o que acontece nos mundos superiores, aos quais o mal não tem acesso; é por isso que, nesses mundos, só há espíritos bons. Fazei com que logo se dê o mesmo na vossa Terra.”
Tradução de Maria Lucia Alcantara de Carvalho. 2. ed. — Rio de Janeiro: CELD, 2011.
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